Resposta de um e-mail que recebi da minha prima, Walquíria.
O assunto era o fim do meu relacionamento.
Sobre o e-mail "diva" que eu mandei, contando tudo o q aconteceu, eu sou assim mesmo. Não gosto de esconder nada. Gosto de falar as coisas abertamente pra não gerar especulações, suposições e tantas outras coisas que as cabeças das pessoas são capazes de criar sobre um assunto mal ou não esclarecido.
Falo mesmo. Como diz meu amigo Gustavo "Ana Paula - a franca!" ehehehe!!
Quanto a não prolongar o assunto, é mais por respeito aos ouvidos do alheio do que por me poupar. Quem é que se sente à vontade em atender o telefone e ter uma criatura do outro lado da linha chorando ou pedindo ajuda? Se não for o trote do seqüestro... "Tô com seu ente querido!" (ahuahuahuahauha!!), é uma situação, no mínimo delicada. Ficar conversando sobre problemas dos outros... às vezes vc não sabe o que dizer, nem tem uma opinião, ou até tem, mas não sabe se dizer vai ajudar ou se vai fazer a pobre sofrer ainda mais...
Só sendo muito amigo, muito íntimo, muito próximo. Só tendo muita liberdade. E eu tenho algumas pessoas assim do meu lado. À quem eu permito que vá lá bem fundo, onde às vezes nem eu mesma tenho coragem de ir... pelo menos, não sozinha.
Eu sempre acreditei que um assunto exaustivamente conversado se soluciona de melhor maneira do que aquele tratado "en passant". Vc fala, fala, fala, ouve, ouve, ouve e, de um modo intensivo, como nos cursos (ehehehe), acaba esgotando todas as questões e possibilidades e escolhe aquela solução que, sem dúvida, ou com quase nenhuma, muito poucas dúvidas, lhe parece melhor. A margem de erro se reduz, não sei se estou me fazendo entender bem.
Em termos práticos, eu gosto de ouvir a opinião das pessoas. Alguns amigos me ligaram, pra outros eu mesma liguei (sempre aqueles que eu sei que posso prender por horas no telefone ou no msn, com a certeza de não estar incomodando). Qdo vc fala o que sente acaba descobrindo muitas coisas que o silêncio desses sentimentos acaba escondendo, dentro de vc mesma. Falar é bom pq "desentope" a gente. Principalmente de coisas ruins, que nunca é bom guardar. É o que eu tenho feito, mas tb não gosto de ficar bancando a "Drama's Queen". Tb tenho conversado muito sobre bobagens com as pessoas. É bom... distrai. Faz rir. E isso vc sabe que eu adoro!!
Aí o povo fala o que pensa e vc aprende tanto! Filtra muita coisa, absorve outras, ri de várias, se identifica com uma e outra.
O fato é que acabou. Durou o tempo que tinha q durar e, como tudo na vida, teve fim.
Apesar disso, não estou triste. Como falei no e-mail, não acabou de uma forma "feia" ou dolorida. Só chega uma hora em que vc se pergunta se o relacionamento ainda te faz feliz ou não e, dependendo da resposta, vc toma a sua decisão. Algumas pessoas continuam, mesmo infelizes. Mas esse não é o meu tipo... não sou personagem do Manoel Carlos! ehehehe!!
Só é complicado pq qdo vc tá do lado de alguém, vc faz planos que, obviamente, incluem aquela pessoa. Quando tudo termina, vc tem que rever o mapa e traçar novos caminhos e, muitas vezes, até novos objetivos, novos destinos. Essa parte é que é difícil... junte à isso o fato de vc sentir que pertence à alguém e, de repente, não pertence mais à ninguém além de vc mesma. Fica parecendo um elétron que se soltou do átomo... ahuahauhauhauha!!
Então nesse momento eu tô assim... meio que boiando no limbo... tentando rever o mapa e os planos. Procurando um outro átomo que, e que fique muito claro, não necessariamente é outra pessoa. Na verdade tá mais pra um objetivo, mesmo. Mas, como diria Joseph Climber: "a vida é uma caixinha de surpresas" ahuahuahauhuahau!!
É isso.
Obrigada pelas palavras. Tenho tido bastante apoio dos meus amigos, da minha mãe. Se tem algo de bom em maus momentos é poder olhar em volta e ver aquelas pessoas com as quais vc sabe q pode sempre contar. Isso não tem preço.
Beijo.
Fique com Deus também.
PS: isso era pra ser só uma resposta pra vc, mas acabei postando no blog! ehehehe!!
