quarta-feira, 20 de outubro de 2010

tempo de voar

É um momento estranho, mas eu estou bem.
Já repararam que a vida da gente não está nas nossas mãos? Parece que os nossos pés já sabem onde nos levar, independente da nossa vontade.

Eu percebi isso ontem.
Foi tanta coisa que aconteceu nesses últimos meses. E tantos planos... tanto tempo...
Hoje, tudo o que eu tenho é algo com o que eu jamais sonhei e um horizonte enevoado, que esconde alguma coisa, eu sei, mas por ora basta saber que tem algo lá. Não me interesso mais em descobrir, em saber o que é. É só esperar que vai acontecer na hora certa.

Acho que isso é serenidade. Aceitar que a vida é um caminho onde a gente só consegue enxergar até a próxima curva.
E a minha próxima curva está ali adiante, ficando mais nítida a cada passo. Meu Deus! Eu fiz tantos planos! Fiz planos demais!! Mas agora decidi deixá-los todos em casa, aliviando minha bagagem. Eu vou (porque não?) caminhando... por esse caminho que vai surgindo na minha frente, sei lá como... e deixando a vida me surpreender.

Neste momento, estou me esvaziando. Ainda guardo alguns desejos, contáveis nos dedos de uma das mãos, porque não dá pra abandonar aquilo que você é. Mas os braços livres chamam o mundo pro abraço. Obrigada, Marla. Obrigada, Guilherme.

Entrei tão perdida dentro desse casulo. Pensando demais, pesada demais. Querendo respostas.
E saio dele, agora, sabendo que:
1) metade das perguntas eram inúteis!
2) muitas delas nunca serão respondidas.
3) algumas serão respondidas, mas não agora.

As poucas respostas que encontrei são suficientes pra mim, por agora.

Mais leve, mais tranquila.
Olhando em volta, dá pra ver melhor. Sentir melhor. Viver melhor.
Não é o destino que importa, e sim o caminho.
Aproveitar o caminho.



Já repararam como as borboletas voam de um jeito engraçado?
Parece que não sabem pra onde estão indo, meio que ficam quicando no ar, sem uma direção definida... mas é desse jeito que elas espalham flores lindas por onde passam!

Plantando meu jardim.
And getting ready to butter-fly.


2 comentários:

gggmello disse...

Vai além... vai além de qualquer razão ou lógica que eu ou alguém possa alcançar.
Saudade é pra ser bom né? Claro... ninguém sente saudade de algo que não foi bom. Não mesmo. Eu sinto tanta saudade. Então é bom. Não... dói... quer dizer... foi bom, foi tudo. Mas dói. E muito.

Não sou um amigo. Não sou um primo. Não soum um conhecido.
Sou parte integral. Ninguém vai apagar ou desfazer essa grande união e explosão de tanta energia boa e linda que sinto por essa tal ae.
Sempre linda, sempre viva, sempre toda.
Eu to aqui... você tá aqui. Você tá aí. Eu to aí...
Não importa.

Eu imensamente te amo.
Agradeço a quem for.. a vida... o destino.. a um anjo... a deus.. a deuses.

Um dos maiores e mais intensos presentes da minha bela vida.

Gui(gows)

Ana disse...

Amore...
Que saudade enorme que eu também sinto de você... de conviver com essa pessoa tão especial na minha vida! Você se definiu perfeitamente: você é parte integral!

Saudade é bom e dói, verdade. Mas eu tô aí e você tá aqui!! Num rodízio no Madalosso ou dando estrelas nos corredores da FAU (bem... tentando, né?!)

Eu nunca vou te esquecer. Não quero e não consigo!

Te tudo!!