quinta-feira, 26 de maio de 2011

Senseless / Insane

Não faz sentido essa lágrima
Uma mancha sobre o sorriso
Não faz sentido essa dor
Coroando estes sentimentos.

O Oceano faz ainda menos sentido...
E as chagas que ele faz abrir 
Sobre toda essa beleza,
Não fazem sentido nenhum.

Há muito desafiei o tempo
Num jogo simples e sem sentido,
Onde eu ditei as regras
E marquei todas as cartas.
Agora que estou ganhando
Vacilo...
Entre a tristeza e o riso,
Estou me contorcendo
Dentro de uma coreografia
Insana.

Passos contados, estagnados.
A minha dança cessou
Mas o tempo segue,
Em todos os sentidos.

O tempo faz chorar o vento
Nas frestas entreabertas
Das minhas janelas.
E o vento faz bater todas as portas
Com um barulho ensurdecedor,
Contra mim, a meu favor,
E já não sei qual delas abrir...
Já não sei se quero sair...
Se há tempo ou se não há.

Deixei de escolher as portas.
Deixei de escolher as escolhas.
Deixei de fazer poesia
E meu caderno, sobre a cama,
Amarelou-se,
Porque deixei o tempo passar...

Agora o riso é insano...
Assim como a lágrima,
Assim como as dores,
Assim como o Oceano
E todas as suas chagas...
Assim como nós:
Nossos dramas e nossa beleza.

Até nossa pureza é insana.
Assim como todas as coisas.

Um comentário:

Fabien disse...

Amor,

Antes da noite cair, o ceu de Paris hoje tinha uma luz linda como nunca tinha visto nesta cidade. As façadas brancas da capital eram vestidas de um amarelo - laranja incrivelmente bonito. Eu fiz um passeio até a Bastille, como eu faço quando to com vontade de caminhar sem direção. No final, sempre me encontro nesta praça... Esta luz, estos dias longos onde a noite nunca chega, esta animação nas ruas de Paris, tudo faz cheirar o pergume do verão chegando. Estava tudo perfeito. Porém, eu podia sentir umas ciumesinha por ver todos estos casais nas ruas, nas terrassas de café, e eu com nenhuma mão na minha. Vc teria adorado este passeio e so por isso, eu apreciei-lo 2 vezes mais para não perder a sua parte ! Vc tava no meu bolso.

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